Da encenação do poder
absoluto destaco a corte régia, pois era nela que se organizava o poder. Era
ela que representava o espaço físico adequado à centralização
político-administrativa, baseado em dois pilares: o luxo e a magnificência dos
espaços onde se movimentam o rei e os cortesãos, a hierarquia e a cadeia social
de primazia, com uma etiqueta cuidadosa.
As cortes eram centros
políticos, culturais e artísticos. Fazer parte desta permitia uma distinção
social, uma vez que o rei admirava quem fazia parte dela. Versalhes é o
paradigma da corte real, devido à excelência da encenação do poder e à
magnitude do soberano. (para conhecer mais de Versalhes consultar:A História do Palácio de Versalhes)
Palácio de Versalhes |
Outro elemento de
encenação era a realização de grandes acontecimentos (como por exemplo, os
bailados). Nestes eventos, o rei, na sua pessoa ou através dos seus súbditos,
exibia o seu poder pela grandeza do seu cortejo, pelo vestuário que cada qual
vestia, pelas maneiras de falar e de se comportar, pelo respeito da etiqueta,
etc...
Cada gesto que o rei
realizasse obtia um significado social ou mesmo político e
diplomático. Todos se encontravam pendentes dele: de um sorriso, de um pequeno
agrado, de uma expressão mais dura. Todos ansiavam por um convite para assistir
ao levantar, ao almoço ou ao baile do rei. O monarca e a sua família
representavam o poder em todas as circunstâncias e mesmo os mais banais atos do
dia a dia se transformavam em cerimónias semipúblicas.
Toda a vida da corte
tinha como único objectivo a exaltação da pessoa do rei como senhor absoluto. O paradigma da exaltação da pessoa do rei absoluto é Luís XIV, que se apresentava como o Rei Sol, baseado no Deus do Sol, Apolo. Ele era tão apaixonado por Apolo que cobriu o palácio de imagens evocativas de Apolo, a quem dedicou várias fontes, lagos e recantos dos jardins.
Luís XIV, O Rei Sol Fontes: -Manual, "O Tempo da História", 1ª parte; -http://elchistoria.blogs.sapo.pt/8638.html |
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