A ascensão dos Estados Unidos



Ao contrário da Europa, a guerra trouxe aos Estados Unidos prosperidade, apesar de conhecer uma breve crise que termina rapidamente, em 1922, alcança um desenvolvimento extraordinário.
Como o conflito deu-se na Europa, os EUA não tiveram quaisquer perdas materiais. Durante a guerra foram os grandes fornecedores dos Aliados, tornando-os altamente dependentes dos seus produtos alimentares, armamentos e financiamentos (entre 1917 e 1919 os EUA procederam a empréstimos que correspondiam a mais de 1900 milhões de dólares). Também não teve grandes perdas humanas: 100 000 soldados mortos e 200 000 feridos.
No plano social, vão surgir seitas como a Ku Klux Klan (KKK) (documento 1) que são um protesto americano contra outras raças, crenças e ideias sociais estrangeiras que os convertiam em estranhos ou estrangeiros na sua própria terra, ou seja, eram contra a imigração estrangeira (documento 2), visto que esta aumentou com o fim da guerra, em que os europeus procuram os EUA para encontrar melhores condições de vida e de trabalho. A sociedade americana do pós guerra assiste a uma liberdade dos costumes, como por exemplo a fiapper ("rapariga emancipada") que vive de forma diferente, sem tabus de ordem sexual, que se veste com roupas mais curtas e usa cortes de cabelos masculinos, procurando de certa forma provocar. A mulher passa a ter direito ao voto com a emenda 19 da Constituição (1920) e a trabalhar, de 1920 a 1930, o número de mulheres ativas passa de 8 430 000 para 10 680 000.
No plano económico, a guerra favoreceu a industrialização do país, foram muitos os factores que para ela contribuíram. A utilização de novas fontes de energia como o petróleo e a electricidade que permitiram aproveitar ao máximo os seus recursos naturais, destacamos assim os novos campos petrolíferos alvos de exploração com uma produção em progressão constante que chega a alcançar 137 milhões de toneladas e o equipamento das forças hidráulicas que permitiu aos EUA passar de 30 por cento para 70 por cento, em 1929. Desta forma, zonas até então deprimidas foram industrializadas e grandes extensões de terreno foram disponibilizadas para exploração. A implantação de novos métodos produtivos tayloristas (documento 3), em que era necessário decompor as operações manuais em movimentos simples e cada um dos quais seria confiado a um operário. A produtividade era racionalizada, aumentando o rendimento individual e diminuindo a mão de obra, permitindo baixar os preços e subir os salários A revitalização do proteccionismo que torna o mercado americano cada vez mais inacessível aos produtos europeus. E, por fim, a melhoria das condições laborais, uma vez que a maior produtividade permite diminuir a jornada e aumentar os salários, possibilitando um maior poder de compra e um maior consumo. Na indústria verifica-se assim uma produtividade elevadíssima (documento 4).
No plano político, a década de 20 representa a inauguração da era republicana, esta nova política leva os Estados Unidos a recusar a participação na Sociedade das Nações  e a rejeitar o Tratado de Versalhes.
Assim, os Estados Unidos foram os financiadores europeus e do mundo, desenvolveram-se não só economicamente como socialmente, sendo uns dos primeiros países a conceber a participação feminina na vida política. Contudo, esta época de prosperidade tem fim com a crise de 29 que se inicia nos EUA e se mundializa.

Documento 1- Ritual dos KKK



Documento 2- Imigração anual dos EUA



Documento 3- O novo método de produção



Documento 4- Produção norte-americana relativamente ao total mundial (%)






Fontes: Texto realizado com base na obra "Grande História Universal Volume 20- O Mundo entre Guerras", de Carlos Moretón Abón, no manual "O Tempo da História 12" 1ª parte, de Célia Pinto Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas e no site: http://www.history.com/topics/ku-klux-klan.
Documento 1: http://www.glogster.com/allyyyyy/ku-klux-klan/g-6mb7ga0suff6bl4mb5u6oa0;
Documento 2: realizado por Ana Sofia Pereira, com base nos dados da obra "Grande História Universal Volume 20- O Mundo entre Guerras", de Carlos Moretón Abón;
Documento 3: retirado do manual "Sinais da História 9", de Aníbal Barreira e Mendes Moreira;
Documento 4: realizado por Ana Sofia Pereira, com base na obra "V. História Económica Mundial, Volume II", de Vásquez de Prada.

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